Material de Campanha 1996

Feito e distribuído já próximo às eleições: novembro de 1996

No dia 28 de novembro os psicólogos estarão elegendo a nova diretoria do Conselho Federal de Psicologia. Eleições diretas! Uma vitória da categoria. Não deixe de votar.

CHAPA 2 – UM CONSELHO PARA CUIDAR DA PROFISSÃO

Para nós democracia é coisa muito séria. Por isso entendemos que construir uma chapa para concorrer às eleições do CFP é mais do que juntar um punhado de nomes.

O novo patamar de organização política, representado pelas transformações decorrentes do I Congresso Nacional da Psicologia, nos desafia a renovar os velhos hábitos políticos vigentes.

Por isso desde o começo temos procurado construir uma articulação de forma pública, aberta e democrática.

O MÉTODO DEMOCRÁTICO COMO PRESSUPOSTO
Para nós, democracia tem que se concretizar nas práticas cotidianas:

  • em um compromisso com a mais ampla circulação de informações que garanta possibilidade da participação de todos os interessados;
  • em um relacionamento ético e dialogante entre os diversos níveis institucionais e entre esses e a categoria;
  • na construção de processos coletivos que possibilitem a multiplicação dos atores institucionais;
  • na responsabilidade pessoal dos dirigentes para com as decisões emanadas dos fóruns de deliberação coletiva.

O CFP COMO INSTITUIÇÃO ESTRATÉGICA

As organizações sociais constituídas pelos psicólogos têm se revelado frágeis e atônitas frente à complexidade e variedade dos problemas da Psicologia, enquanto ciência e profissão.

Nesse contexto de crise, entendemos que o CFP joga um papel fundamental como agenciador de processos que possam aglutinar as várias formas organizativas construídas pela categoria, no enfrentamento desta fragilidade.

Concretamente isso significa que o CFP deve atuar buscando construir alianças e parcerias entre os diversos grupos da profissão -acadêmicos, profissionais, de formação.

Certamente esse processo tem como pressuposto a construção de um relacionamento sincero e solidário entre as unidades da autarquia.

CUIDAR DA PROFISSÃO: PRIORIDADE NÚMERO 1

Entendemos que os limites da institucionalização das entidades da Psicologia no Brasil produziram uma situação de inércia e abandono da profissão que tem ficado ao sabor da aleatoriedade das circunstâncias.
Nesse contexto, CUIDAR DA. PROFISSÃO significa:

  • A ousadia de enfrentar as urgências da profissão com a construção coletiva de demarcações relativas ao exercício profissional, produzindo concretamente a identidade da profissão;
  • Fazer avançar o processo de reflexão e atuação no campo da ética profissional, que evolua do registro da prestação de serviços para um compromisso da categoria com a construção da cidadania,
  • Assumir a luta pela constituição de um espaço institucional próprio para a abordagem das questões da formação acadêmica, nos moldes das associações brasileiras de ensino das diversas profissões;
  • Viabilizar o acesso dos profissionais a processos de reciclagem, através da constituição de um programa de educação profissional continuada que contribua para a melhoria da qualificação dos serviços prestados à comunidade,
  • Realizar uma gestão administrativa competente, através da adoção de instrumental técnico gerencial, de forma a tornar nossa entidade ágil e eficaz, zelando pela boa utilização dos seus recursos financeiros;
  • Intervir nas políticas públicas buscando articular os interesses de uma política da profissão com a luta pela melhoria das condições de vida do povo brasileiro;
  • Romper com o isolamento internacional da Psicologia brasileira, integrando-a no contexto do desenvolvimento técnico científico mundial e buscando laços de solidariedade e intercâmbio no plano profissional, dando especial atenção à integração regional no Mercosul;
  • Desenvolver uma atenção especial para com as entidades sindicais dos psicólogos -FENAPSI e sindicatos- buscando desenvolver parcerias em torno de objetivos comuns, garantindo a especificidade da atuação de cada uma;
  • Participar ativamente dos fóruns políticos organizadores das diversas entidades representativas da sociedade civil que partilhem dos interesses políticos e profissionais dos psicólogos e suas entidades.

Ao concorrermos nas eleições para o CFP, reafirmamos o nosso compromisso com as decisões do I e II Congressos, bem como a implementação dos processos de transformações institucionais aí decididos.

EFETIVOS
Ana Mercês Bahia Bock – SP
Francisco José M. Viana – MG
Marcus Vinícius O Silva – BA
José Carlos Tourinho – SE
Jorge Moraes Costa – PA
Laeuza L. S. Farias – AL
Deusdet C, Martins – GO
Ernesto J. Santos – RJ
Álvaro L. Aguiar –SC

SUPLENTES
Marcos R. Ferreira -SC
Marta Elizabeth Souza -MG
Odair Furtado -SP
Rosa M,B. Albanezi -DF
Candida S.C. Almeida -PA
Francisco Eduardo Costa -CE
M. Lourdes J.Contini -MS
Jorge Broide -SP
Julieta Arsenio –PR

A CHAPA 2, UM CONSELHO PARA CUIDAR DA PROFISSÃO, está constituída por 18 excelentes colegas, representantes da categoria, que atuam em diversas áreas da Psicologia e militam há muitos anos em entidades e movimentos dos psicólogos e da sociedade civil.

POR QUE ESTAMOS NOS CANDIDATANDO?
Estamos nos candidatando para construir um Conselho para cuidar da profissão. E aqui alguns aspectos merecem destaque:
1o. Entendemos que é preciso dar sentido a atuação do Conselho Federal de Psicologia. É preciso exigir dele o cumprimento de sua função: cuidar da profissão. E só há uma maneira de realmente se cuidar da profissão, que é trabalhando para qualificar sua inserção na sociedade. A qualidade do trabalho prestado por nossa categoria é nossa preocupação central.
2o. Pode-se perguntar se, com essa prioridade, não estaríamos subestimando as necessidades de democratização e agilização da autarquia. E nossa resposta é não. Reivindicamos para nosso grupo a responsabilidade de ter trazido as práticas coletivas e democráticas, como os Congressos, para dentro da autarquia; em 1989, realizamos, com as dificuldades daquele momento, o Congresso Unificado, que reuniu, pela primeira vez na história de nossa categoria, delegados de base, representativos de sindicatos e conselhos, eleitos em suas regiões a partir de um processo de debate e construção e defesa de teses.
Não temos dúvida que esse processo de democratização já foi iniciado. Os dois Congressos Nacionais, as discussões e propostas para a Lei 5766, as propostas de eleição direta com plataforma para a direção do CFP, a proposta de um Conselho não federativo, da construção de um fórum de entidades são alguns exemplos do avanço já obtido. Agora é hora de priorizar a construção de um projeto para qualificar a inserção de nossa profissão na sociedade. É preciso cuidar dela.

COMO PRETENDEMOS FAZER ISSO?
Construindo espaços de reflexão sobre as questões da profissão, como a proposta da criação de uma Associação Brasileira de Ensino da Psicologia, reunindo várias instituições e colegas que vêm acumulando muitos elementos e experiências capazes de melhorar nossa formação.
Criando referências para a categoria, através de uma entidade forte e corajosa, que se manifesta na sociedade civil.
Ousando criar, coletivamente, demarcações relativas ao exercício profissional, produzindo concretamente a identidade da profissão.
Interferindo nas políticas públicas, buscando articular os interesses de uma política da profissão com a luta pela melhoria das condições de vida do povo brasileiro;
Rompendo o isolamento com os Conselhos Regionais, com as outras categorias, com as outras entidades (em especial os sindicatos e Fenapsi), construindo relações de parceria para um trabalho conjunto guiado por objetivos comuns, respeitadas as especificidades de cada um.
Rompendo o isolamento internacional da Psicologia brasileira, integrando-a no contexto do desenvolvimento técnico científico mundial e estreitando laços, em particular, com a América Latina.
Viabilizar para os psicólogos o acesso à informação e a programas de educação continuada.
Participar ativamente dos fóruns políticos da sociedade civil que partilhem dos interesses políticos e profissionais dos psicólogos e suas entidades.
Reflexão, referência, demarcações, coletivamente, políticas públicas, romper isolamento, informação e educação continuada e fóruns políticos são termos que resumem e constroem nossa proposta para UM CONSELHO PARA CUIDAR DA PROFISSÃO.

Chapa 2: Quem somos nós
Ana M. Bahia Bock: diretora e prof. da Fac. Psicologia da PUCSP, doutoranda Psic. Social, secretária e presidente do Sind. Psicólogos SP, 80/83; 83/86; presidente da FENAPSI 1a gestão. Autora do livro “Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia .

Francisco J. M. Viana: especialista saúde pública/FIOCRUZ/RJ e adm. hospitalar/FGV/SP; diretor presidente do Sind. Psicólogos de MG 1’gestão; diretor reg. sudeste da FENAPSI 1’gestão; diretor 4 anos do CPP/FHEMIG-Hospital Psiquiátrico para Infância e Adolescência; prof. convidado pós graduação Saúde Mental das Faculdades Newton de Paiva; psicólogo clínico.

Marcus Vinícius de O. Silva: especialista Saúde Mental/FIOCRUZ/RJ, mestre Saúde Comunitária Fac. de Med./UFBa; prof. assistente Dep. de Psicologia da FFCH/UFBa; vice presidente do CRP-4’região 87/88; secretário do CFP/89; vice presidente do CFP/93; presidente do CFP/95; militante do Movimento Antimanicomial, Coord. do Núcleo de Estudos pela Superação dos Manicômios/Ba, Assessor técnico do Hosp. Juliano Moreira.

José C. Tourinho e Silva: mestre Psicologia pela UFPb, prof. assistente e ex chefe do dep. Psicologia da UFSe, conselheiro e tesoureiro do CFP- 1995, assessor na área de Psicologia Org. da Prefeitura de Aracaju, maestro e violonista.

Jorge M. Costa: prof. na Psicologia da UFPa; especialista Teoria e Pesquisa do Comportamento; mestrando em Psicologia; presidente Comissão de Comunicação Social do CRP-10 e vice-presidente do CRP-10/94/96; representante do CRP-10 no C. Est. de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente/Pa.

Laeuza L. da S. Farias: atuando na área institucional/comunitária; coord. no CAPS “Casa Verde” Maceió; coord. executiva do Núcleo Est. de Saúde Mental de Al; prof. de educação em Saúde Pública no curso de especialização -UNAERP, filósofa.

Deusdet do C. Martins: especialista em saúde publica/FIOCRUZ, especialista Psicologia Hospitalar, psicóloga do Ministério da Saúde, ex-vice presidente da Reg. Centro Oeste da Fed. Nac. dos Trab. Saúde e Previdência; conselheira secretária da 1‘gestão do CRP-09.

Ernesto J. dos Santos: membro do Sind. dos Psicólogos/RJ, psicanalista.

Álvaro L. Aguiar: psicólogo da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Blumenau; prof. de Sociologia da Univ.Regional de Blumenau; mestrando em Educação, filósofo e historiador, psicólogo clínico.

Marcos Ribeiro Ferreira: prof.de Psicologia da UFSC; vice-diretor (89/90) e diretor )90/91) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC; diretor da Assoc. Prof. dos Psicólogos e presidente do Sind. De Florianópolis; doutorando em Psicologia Social; membro do Comitê Reg. Pela Democratização da Comunicação; membro do Comitê Urbano pela Reforma Agrária de Florianópolis.

Marta Elizabeth de Souza: conselheira presidente do CRP-04/92; coord. De Saúde Mental da Prefeitura de Betim/MG; ex-presidente do Fórum Mineiro de Saúde Mental; ex-vice-presidente do Sind.dos psicólogos de MG.

Odair Furtado: prof. da Faculdade de Psicologia da PUCSP; chefe do departamento de Psicologia Social –95/97 da PUCSP; coord. da rede UNITRABALHO/PUCSP; doutorando em Psicologia Social; suplente do Conselho Fiscal do Sind. Psicólogos SP; autor do livro “Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia”.

Rosa M’ B. Albanezi:; mestre em Psicologia Experimental; prof. na UNB; conselheira no CFP em 89 e 93/95; trabalha na Assoc. de Aposentados da UNB, pedagoga.

Candida S. C. Almeida: psicóloga em RH na TelePará; ex-presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP10 1994/96; ex-presidente da Comissão Saúde e Trabalho do CFP, licenciada do Detran.

Francisco Eduardo da Costa: psicólogo organizacional na Rede Ferroviária Federal; especialista em Psicodrama; presidente do CRP-11, gestão 91/94; presidente da Comissão de Ética e de Fiscalização do CRP-11.

Maria de Lourdes J. Contini: prof. da UFMS, prof. pesquisadora do Centro de Estudos da Infância e da Adolescência do MS; doutoranda em Educação na UNICAMP; secretaria da diretoria da sessão Corumbá da ADUFMS-ANDES.

Jorge Broide: mestre em Psicologia Clínica pela PUCCamp, diretor presidente do Centro Latino Americano de Estudos em Saúde Mental que desenvolve pesquisas e trabalhos com crianças e adultos de rua, cursos de formação e consultarias em instituições que trabalham na área social; psicoterapeuta de orientação psicanalítica.

Julieta Arsenio: psicóloga especialista em criminologia; especialista em trânsito.