Relatório da Convenção Nacional do Cuidar da Profissão – Documento síntese

Realizada
em São Paulo, na sede do Sindicato dos Bancários, no dia 06 de
março de 2010 das 9:00 às 18Horas.

 

Estiveram
presentes delegados de 14 estados e o plenário ficou composto por 40
pessoas. A saber:

 

Delegados
das regiões:

  • Amazonas:
    Luciana Possato

 

  • Bahia:
    Marilda

 

  • Ceará:
    Adriana Alencar e Anice Holanda

 

  • Distrito
    Federal: Edmar e Cynthia

 

  • Espírito
    Santo: Andréa e Hildicea

 

  • Mato
    Grosso: Marisa Alves e Arlindo

 

  • Mato
    Grosso do Sul: Carlos Medeiros e Leonardo Bastos

 

  • Minas
    Gerais: Milton Bicalho e Lourdes Machado

 

  • Paraíba:
    Aluizio

 

  • Pernambuco:
    Christina B. Veras e Mª da Conceição Costa

 

  • Rio
    de Janeiro: Roseli Goffman

 

  • Rio
    Grande do Sul: Ivarlete e Ana Luiza Castro

 

  • Santa
    Catarina: Celso Tondim e Marilene Wittitz

 

  • São
    Paulo: Marilene Proença, Ermínia Ciliberti e Roberta Azzi

 

  • Pela
    Formação:
    Oliver Zancul Prado

 

  • Pela
    ala sindical:
    Fernanda Magano e Rogério Giannini

 

  • Históricos:
    Ana Bock, Marcus Vinicius, Chico Viana, Marcos Ferreira, Lumena
    Furtado e Odair Furtado

 

  • Comissão
    organizadora:
    Humberto Verona, André Leonardi, Clara Goldman, Ana Lopes, Graça
    Gonçalves e Elisa Rosa.

 

 

 

 

 

 

Apresentação
feita por Ana,
informando os motivos que levaram a organização da convenção.
Apontou-se a necessidade do Cuidar avaliar seu trabalho e se
organizar, dado seu avanço e sua responsabilidade na gestão de
várias entidades.

 

Foi
feita a chamada dos presentes: com representação de 14 estados, do
setor sindical e da formação, históricos e comissão organizadora
a reunião contou com 40 participantes.

 

Pauta:

 

1.
Histórico do Cuidar da Profissão e princípios

 

2.
Relato das regiões: reuniões realizadas, problemas que estão sendo
vividos na gestão das entidades e informes sobre desenvolvimento do
Cuidar na região.

 

3.
Discussão para avançar o programa político do Cuidar e sua
organização.

 

 

 

1.
Histórico do Cuidar da Profissão e princípios:

 

Marcus
Vinicius e Ana Bock retomaram a história do Cuidar:

  • 1989
    – primeiro encontro entre a ala sindical e os conselhos de
    psicologia. Congresso Unificado da Psicologia. Decisão do CONUP:
    erradicar o corporativismo das entidades da psicologia. As decisões
    foram poucas e pobres, mas o CONUP possibilitou o encontro de
    pessoas que tinham projetos semelhantes.

 

  • 1994
    – Congresso constituinte da Psicologia – I CNP. Estava
    constituída uma frente com objetivo de transformar as formas de
    ação e atuação, assim como a estrutura dos conselhos de
    psicologia, na direção da democratização das entidades.

 

  • Movimento
    pela reorganização dos psicólogos. Formação do grupo
    Consolidação Nacional.

 

  • 1995
    – 1996 – Reunião em São Paulo para a formação do Cuidar da
    Profissão. Estavam presentes gestores de dois Conselhos de
    Psicologia: CRP 09 e CRP 03. Além deles, mais 7 pessoas. Projeto de
    interferir no desenvolvimento da Psicologia brasileira, buscando
    transformar o compromisso que se mantinha com a sociedade (a busca
    do compromisso social) e intencionava-se fazer isto apresentando
    candidaturas aos Conselhos de Psicologia.
    As
    diferenças com o grupo Consolidação Nacional já ficavam claras e
    diziam respeito, principalmente, ao método de gestão das
    entidades. Relacionada a essa, uma outra diferença na compreensão
    de como se deveria organizar a diversidade da Psicologia para a
    discussão do Compromisso Social.

 

  • Eleição
    direta – Apresentou-se, em eleição para o CFP, a candidatura da
    primeira chapa do Cuidar da Profissão. Plataforma política séria,
    capaz de colocar os psicólogos em outro patamar na sociedade
    Brasileira. Superava a falta de um discurso para ampliar a
    participação da psicologia na sociedade brasileira. Era uma
    plataforma que se apresentava de forma diferente, consistente,
    aliando respostas às demandas mais imediatas dos psicólogos, mas
    como foco no fortalecimento da profissão. Propunha claramente abrir
    os conselhos para a categoria. Os Conselhos, nesse momento, estavam
    distantes da categoria e apareciam na maioria das vezes como
    problema, por exemplo, nos processos eleitorais complicados e
    difíceis para os psicólogos.

 

  • 1997-
    1998: o grupo venceu as eleições, mas foi impedido de assumir
    pelos gestores que compunham a Plenária dos Conselhos regionais e
    federal. O grupo vencedor precisou entrar com mandato de segurança
    e assumiu apenas em fevereiro de 1997 (em vez de dezembro de 1996).
    A gestão foi difícil, com embate com a situação, que estava
    presente nos Regionais. O perfil dos conselheiros
    que
    permaneciam nos regionais, ligados a grupos anteriores, era muito
    burocrático. O primeiro planejamento estratégico definiu como
    meta: tornar os conselhos uma referência para psicologia
    (interlocução entre a profissão e a sociedade) e para a
    sociedade.

 

  • 1998-2001;
    2001-2004; 2004-2007; 2007-2010 foram as gestões do Cuidar da
    Profissão que se seguiram.

 

  • Os
    princípios norteadores do trabalho foram: modelo de gestão
    democrático, honestidade e rigor na gestão do dinheiro Público e
    desenvolvimento e incentivo à construção de conhecimento e
    práticas que tivesse como meta um novo compromisso da Psicologia
    com a sociedade brasileira.

 

  • Esses
    princípios poderiam garantir o diálogo do Conselho com toda a
    categoria, abarcando a diversidade da área. Mas, também se
    colocava como meta garantir a formação de uma massa crítica de
    profissionais, com respostas para as questões sociais. A idéia do
    compromisso social deveria representar a re-conceituação da
    Psicologia. Os eixos Direitos Humanos e Políticas Públicas vão
    configurando essa política, a direção do compromisso social.

Alguns
companheiros da plenária completaram o histórico e/ou forneceram
exemplos ou informações do processo, tal como relatado.

 

Marcos
Ferreira apontou para a necessidade de se distinguir o movimento do
compromisso social do movimento do cuidar, sendo o primeiro mais
amplo e o Cuidar uma de suas formulações e possibilidades. Colocou
também a necessidade de que o Cuidar, como movimento, não deve
“ficar no automático”, mas precisa estar atento a novos
desafios, se inquietar e dinamizar, radicalizar.

 

Christina
Veras – aponta que “ser o cuidar é um jeito de ser” que deve
guiar nossas ações e também o zelo com nossos companheiros.

 

Marcus
Vinicius ressalta que as pessoas que ali estavam vieram a São Paulo
às suas próprias custas, sem recursos das entidades. Indica que “O
Cuidar” são muitos mais do que os que ali estavam, pois o recorte
que nos define como cuidar não exige filiação mas adesão à
causa. Conclui-se pela importância e necessidade de se avançar
programaticamente.

 

2.
Relatos das reuniões Regionais:

 

Bahia
– (Marilda)– Informa que a reunião na Bahia foi pequena. Faz
críticas às gestões anteriores do CRP03. Existem pessoas com
práticas e discurso trazendo o conteúdo corporativo na profissão.
Conclui com a necessidade de se consolidar o trabalho, fortalecendo
entidades e garantindo os princípios do Cuidar. (Marcus) É
importante reconhecer que a atual gestão resgata o trabalho amplo e
sério no Regional e paga a dívida do Cuidar com os psicólogos
baianos e sergipanos.

 

Paraíba
(Aluizio) Relata a situação dos processos eleitorais passados no
CRP13, as disputas pessoais que se colocaram por dentro do Cuidar e
que depois resultaram em política própria. Ressalta a dificuldade
de se ter quadros com disponibilidade para o trabalho nas entidades e
informa que estão trabalhando para recompor o grupo do Cuidar da
Paraíba.

 

Santa
Catarina

– (Celso) – Apresenta uma avaliação da gestão, indicando as
dificuldades vividas pelo grupo. Descuido com a gestão, problemas
financeiros, problemas na conduta de alguns conselheiros marcaram o
início da gestão. Houve reunião para debater a questão inclusive
com presença de Ana Bock e Marcus Vinicius. Quatro conselheiros se
demitiram e
houve
nova reorganização para recuperação do trabalho e reequilíbrio
do grupo. Quadro positivo atual: a gestão reorganizada ampliou as
relações institucionais, a comunicação permanente com a
categoria, o cuidado com a ética. Muita gente nova vem participando.
Buscando criar a possibilidade de formação da nova composição da
chapa. Momento sofrido para a gestão.

 

 

 

Mato
Grosso do Sul

–(Carlos e Leonardo) – Segunda gestão do cuidar no CRP14 –
Procuram organizar o Cuidar também fora dos processos eleitorais, e
dentro e fora das gestões dos Regionais. CRP 14 rompeu com o
sindicato. Entendem que é preciso buscar formas de organização
regional mais permanentes, que não se limitem aos momentos
eleitorais.

 

 

 

Mato
Grosso

– (Marisa e Arlindo)– o trabalho do Cuidar esteve muito em função
do desmembramento e construção do CRP-18

 

Indicaram
que, provavelmente, nas próximas eleições do CRP haverá duas
chapas e todas do cuidar. Discute-se a possibilidade de trabalhar
para construção do CRP18, pois são poucas pessoas no Cuidar.
Relataram a existência de dois grupos; um deles aponta claramente a
necessidade de produzir o entendimento, uma vez que ambos se
apresentam como Cuidar.

 

Discutiu-se,
a partir do relato dos companheiros, que esse deve ser o caminho,
conferir se as diferenças são de fundo, em relação ao princípios,
ou não. Neste caso é possível e é preciso produzir o
entendimento. São dois grupos que precisam encontrar a formação de
um grupo único. As diferenças devem ser trabalhadas no projeto
político.

 

 

 

Pernambuco
– (Christina Veras e Conceição) – Relataram dificuldades dentro
do grupo com a democratização. Há o fechamento de parte do grupo,
houve problemas na convocação da convenção. Identificam nessa
divisão divergências em relação aos princípios do Cuidar, com
visões personalistas e desejos pessoais de ocupar espaços nas
entidades. Apontam a importância de se construir uma chapa que
discuta os princípios que nortearão o trabalho e de superar
divisões, ampliando o trabalho do Cuidar e sua organização.

 

Rio
Grande do Sul 

(Ivarlete)

Cenário
difícil,
pessoas
de gestões anteriores que foram do cuidar. Não temos hoje um grupo
do cuidar constituído. Na atual gestão há um grupo muito plural
que não conseguiu construir um norte para profissão; Divisão:
grupo voltado para o compromisso social e outro para cuidar do
psicólogo. Na gestão há uma visão muito corporativista e
dificuldade em distinguir atribuições do Sindicato e do Conselho.

 

São
Paulo
 –
(Marilene) Quarta gestão do cuidar no CRP. Grupo crítico e
militante buscando sempre retomar os princípios do Cuidar. Plenária
questionadora, levanta temas polêmicos para psicologia e para o
sistema conselhos. Boa articulação com o Sindicato (que também tem
gestão do Cuidar) permite ações conjuntas.Desenvolvimento de
mobilização do Cuidar em torno das subsedes. A reunião do Cuidar
contou com 40 pessoas; foi feito histórico do cuidar, uma retomada
e atualização dos princípios do cuidar. Discutiu-se que a
construção de chapa deve ser feita retomando os princípios antes
de se pensar em nomes.

Apontou-se que o Cuidar de São Paulo tem forte
participação no resgate da FENAPSI, no trabalho com o grupo no
Sindicato. Destacou-se ainda que a sistemática de reuniões
periódicas do Cuidar, com pessoas de dentro e de fora das gestões
das entidades tem sido importante para manter o grupo mobilizado.
Importante se pensar como articular nacionalmente a discussão para o
Cuidar avançar.

 

Amazonas
– (
Luciana)
– Relato sobre a organização do Cuidar que se inicia no Amazonas.
O Cuidar é novo. Maioria de psicólogos está na capital. Há um
grupo articulado, em que existe aproximação com os temas do Cuidar.
Têm enfrentado a discussão do desmembramento do Norte para
constituir novo CRP. CRP do Norte ou CRP do Amazonas? O sistema tem
esta discussão a fazer.

 

 

 

Ceará
– 
(Adriana
e Anice)-
Movimento
se constitui principalmente em função das eleições. Têm
enfrentado dificuldades para organizar o Cuidar, considerando,
inclusive, que o Regional abrange três estados. Marcaram a reunião
marcada, mas tiveram problemas na convocação. Houve questionamento
de pessoas do grupo gestor do Maranhão em relação às convocações.
Problemas do Núcleo da ABEP que está extinto. Sindicato recebe
apoio do CRP. Organização sempre antecede a formação de chapas e
era preciso tornar mais permanente esta organização. Fizeram
referência a problemas internos, com divergências que não seriam
de princípios, mas da forma de condução da política. Marcus
aponta a necessidade que as lideranças do Cuidar no estado construam
uma convivência mais política e coletiva; enfatiza que se não há
divergência programática, é preciso compor; fazer a Psicologia
avançar é o principal.

 

Minas
Gerais – 
(Milton,
Chico e Lourdes)
– 
Relato
da situação do cuidar em Minas. Críticas à gestão atual que se
elegeu como Cuidar, mas se afastou de seus princípios. Há uma
divisão e os companheiros do Cuidar se manterão na gestão atentos
aos problemas. Relataram a existência de atitudes populistas da
direção. A bandeira da gestão do CRP passa pela questão das
condições de trabalho, puxando para o Regional a condução das
lutas trabalhistas e esvaziando o sindicato. A gestão ainda rompeu
com a ABEP e com o Sindicato. Relataram vários problemas que
demonstram o afastamento da direção do CRP dos princípios e
métodos do Cuidar, inclusive com atitudes que excluem os
companheiros que não são do grupo de atividades da gestão e de
participação nas decisões sobre as ações do CRP. Além disso,
relataram falta de reuniões do Cuidar. O que havia eram reuniões de
conselheiros e não havia convocações para todos os membros do
Cuidar. Considerou-se importante que, no processo de organização da
convenção as questões foram colocadas sobre a mesa e estejam sendo
enfrentadas. Necessidade de convocar e realizar reuniões do Cuidar
que envolvam pessoas que não estão nas gestões das entidades.
Ampliar o Cuidar em Minas.

 

Distrito
Federal – 
(Edmar
e Cynthia) Relataram críticas
da categoria, influenciadas pelas ações do Regional que sempre
questionam
as ações no CFP. A gestão do Regional é um grupo pluralista, mas
sem identidade clara. Colocam-se como oposição ao CFP que
consideram uma gestão autoritária. A mobilização em torno do
Cuidar fica difícil, o Regional não é espaço de organização, é
preciso articular de outra forma. Os companheiros que não estão no
Regional têm trabalhado para essa mobilização, apontando a
possibilidade de fazer uma discussão em torno da organização do
Cuidar, fazendo uma proposta de fazer diferente, com outros
princípios. Necessidade de organizar o Cuidar no Distrito federal.

 

Espírito
Santo 
(Andréia,
Hildicéia)

Grupo
coeso, segunda gestão, primeiro plenário cuidou da organização do
Regional a segunda gestão passou para ações políticas. Diversas
pessoas percebem a existência da entidade, o que aparece como um
retorno do trabalho realizado na gestão. Várias pessoas aparecem
com o interesse de participar das eleições até formando e fazendo
parte de chapas. É uma gestão mais política.

 

Rio
de Janeiro

– (Roseli) A reunião contou com muito poucas pessoas; não há
mobilização do Cuidar. O Cuidar é um alvo, no sentido de que atrai
e canaliza posições contrárias, em temas que apontam as
divergências com o federal; é necessário desenvolver alianças no
Rio. Plenária está rachada.

 

FENAPSI
(Fernanda)
– Fez
o relato das ações de reorganização da entidade. Transferência
da sede para Brasília. Dificuldades administrativas e organizativas;
ganharam titularidade do CNS. Questões no conselho de assistência.
Uma formação de chapa que amplia a participação de vários
estados. O Problema de Minas vem sendo discutido. Sindicato com
eleições adiadas. Fala da composição da atual diretoria, o quanto
cada um tem contribuído para crescimento e reconstrução da
entidade.

 

ABEP
– 
os
participantes da entidade que deveriam estar na reunião tiveram
problemas e não puderam comparecer. Apenas Oliver esteve. Chico que
é da gestão da entidade fez relato breve sobre o trabalho e as
dificuldades na gestão.

 

 

 

3.
Discussão para avançar o programa político do Cuidar e sua
organização

 

O
debate apontou:

 

Corremos
o risco de ter um discurso muito politizado e nos distanciarmos de
outros segmentos dentro da psicologia. Ideologização nos
desfavorece. Uma possível oposição terá discurso populista; trará
algumas referências progressistas, mas equívocos que mostram
concepção diferente, como se por como defensora dos psicólogos, no
sentido corporativista. Nosso discurso tem que ser político, mas tem
que dialogar com toda a Psicologia, não pode ficar ideologizado. É
preciso avançar em nosso programa para a profissão? Qual o problema
da nossa política? É preciso, para avançarmos, reconhecermos
limitações e problemas em nossa política.

  • Retomar
    as iniciativas que dialogam com interesses mais gerais da categoria.
    Retomar a avaliação das psicoterapias; na formação –
    fortalecer ABEP falando sobre a formação.

 

  • Plataforma
    nacional deve ser composta com um discurso mais geral e amplo; as
    plataformas regionais não devem simplesmente repetir a nacional,
    mas avançar apontando questões e aspectos mais específicos.

 

  • Linguagem
    – pensar em 3 vertentes: uma para os psicólogos, outra para com
    os usuários dos serviços de psicologia e outra para o diálogo com
    o Estado.

 

  • Produzir
    referências para que nosso discurso avance para além da denúncia;

 

  • Utilização
    do CREPOP para avançar. É preciso ampliar a divulgação do que se
    produz no CREPOP. Como nossas produções poderão chegar à
    categoria? É preciso estratégias de maior VISIBILIDADE ao que se
    está produzindo no CREPOP.

 

  • Centralidade
    dos temas do trabalho e do sindicato. Posicionar o campo da
    discussão. Tem-se feito uso oportunista destas questões. Investir
    no vínculo com o Sindicato e com movimentos sociais.

 

  • Avançar
    nas formas de vistoria e controle. Conduzir as ações de
    fiscalização considerando a importância que têm para fazer valer
    as referências produzidas, para chegar ao psicólogo no seu
    cotidiano, para fazer a profissão avançar.

 

  • Ampliar
    perspectivas de participação e articulação com outros setores da
    sociedade: na articulação com outras áreas e profissões; na
    participação no controle social; defender a natureza plural e
    democrática desses órgãos, que devem ter a participação da
    sociedade.

 

  • Aceitar
    o desafio de não só estar nos espaços de controle social, mas ter
    posições a defender.

 

  • Propostas
    mais claras de participação nos órgãos de controle social.

 

  • Resgatar
    as informações acumuladas pelas COEs e COFs para que se possa
    utilizá-las na construção de referências e estratégias de ação.
    Partir das necessidades que estas fontes apontam.

 

  • Privilegiar
    as políticas públicas e CREPOP: como as referências avançam da
    condição genérica para se tornarem referências, inclusive
    permitindo fiscalização.

 

  • Diálogo
    com o Estado: temos as referências oferecidas pelo CREPOP, mas é
    preciso ir aos gestores apresentar o que temos já construído,
    divulgando a profissão.

 

  • A
    dimensão da qualidade técnica e ética da profissão é o que
    caracteriza os Conselhos. A questão das condições de trabalho tem
    que ser analisada nesta perspectiva, com o risco de desvirtuar-se a
    instituição e sua finalidade social.

 

  • Não
    se deve recuar das bandeiras já conquistadas, mas é preciso
    avançar e aprofundar as questões, saindo do discurso ideológico.

 

  • Método
    de gestão – o conselho cresceu muito; temos um desafio: como
    fazer uma gestão competente com o crescimento dos trabalhos e a
    manutenção dos conselheiros.

 

  • Radicalização
    das questões democráticas. Não silenciar a diferença.

 

  • Construir
    um protocolo entre sistema conselhos e FENAPSI para instruir os
    concursos públicos.

 

  • Fortalecer
    a ABEP nos regionais.

 

  • Buscar
    enfrentar os pontos polêmicos dentro da psicologia, homofobia,
    idade penal etc.

 

  • Colocada
    como questão a formalização do cuidar como entidade – CNPJ;

 

  • Enfrentar
    mais corajosamente as questões que se configuram como questões de
    método nas gestões em desenvolvimento.

 

  • O
    Estado e papel nas políticas públicas exige que se discuta: que
    Estado queremos?

 

  • Colocar
    sempre a questão da promoção dos direitos sociais na relação
    com a profissão.

 

  • O
    CREPOP é a diferença, precisa dar um passo, ser também um
    instrumento para o acompanhamento das políticas públicas.

 

  • Radicalizar
    na permeabilidade do Cuidar, dialogando permanentemente com as
    diferenças;

 

  • Os
    conselhos precisam discutir as questões da formação para
    contribuir no fortalecimento da ABEP.

 

  • Tomar
    a questão do Norte (CRP19) como questão nacional. Promover a
    discussão.

 

  • Estratégias
    para dar maior visibilidade às referências construídas, em
    especial pelo CREPOP. Fazer a produção dos Conselhos chegar aos
    psicólogos.

 

  • Promover
    aproximação com os movimentos sociais; usar produções dos
    conselhos nesse sentido.

 

  • Acrescentar
    aos princípios do Cuidar, que continuam válidos, a idéia de que a
    Psicologia pode e deve fazer uma intervenção cultural na
    sociedade. Nossas produções permitem colocar no espaço social
    nossa percepção da subjetividade, dos sujeitos como autônomos,
    participativos.

 

  • Fortalecimento
    do FENPB. Ajudar no desenvolvimento e fortalecimento das entidades.

 

  • Priorizar
    aspectos da profissão que são importantes para a categoria no seu
    cotidiano;

 

  • Incentivar
    a participação dos psicólogos no processo de construção do CNP;

 

  • Reconhecer
    que o avanço da Psicologia só se faz com o avanço conjunto de
    muitas entidades. Isto exige respeito às responsabilidades e
    funções de cada entidade.

 

  • Pressionar
    para que as entidades se filiem à ULAPSI. A ULAPSI é espaço de
    construção de resistência e transformação de nossas formas
    colonialistas de produzir na Psicologia.

 

  • Realizar
    pesquisa para acompanhamento da avaliação que a categoria faz da
    entidade e das características da profissão.

 

 

 

 

 

 

 

 

Organização
do CUIDAR:

  • Criar
    um coletivo nacional para o Cuidar, uma Coordenação
    composta por: executivo diretor do CFP + representante das entidades
    sindicais + representante da entidade da formação + até 3
    históricos.

 

  • Criar
    um Conselho
    Consultivo

    do Cuidar: cada região deve indicar um representante formando o
    Conselho.

 

  • Ampliar
    a democracia interna do Cuidar

 

  • Voltar
    às regiões levando os resultados da reunião, promover o debate e
    avaliar a situação da região, formulando política construtiva.
    Quais as críticas que estão sendo feitas? Incorporá-las.

 

  • Realizar
    convenções a cada
    ano
    e meio: uma convenção de avaliação e outra programática.

 

  • Organizar
    a lista do cuidar e incorporar novos membros. Aqueles que estão
    fora deverão enviar e-mail para Chico Viana: fviana55.psc@gmail.com

 

  • Promover
    reuniões mais freqüentes do Cuidar nas regiões,
    incluindo
    as pessoas interessadas que não estão nas gestões.

 

  • Voltar
    aos estados e dar a devolutiva da convenção. Aproveitar para
    reconstruir relações e formar um coletivo para enfrentar as
    disputas eleitorais que se colocarão à frente. Superar pequenas
    diferenças construindo consensos na política.

 

  • (Obs.
    a proposta de formalizar o Cuidar não foi consensual. Discutiu-se
    também se deveríamos ou não abrir o cadastro na lista,
    fazendo-via site do Cuidar, mas por ora foi mantido o sistema de
    e-group coordenado pelo Chico Viana)

 

 

 

 

Relatório
de responsabilidade de

 

Chico
Viana, Ana Bock e Graça Gonçalves

 

06/03/2010